AQUELA AZENHA VELHINHA
NA MARGEM DA RIBEIRINHA
QUE P'LOS VALES SERPENTEIA
FOI TESTEMUNHA IMPASSÍVEL
DA TRAGÉDIA MAIS HORRÍVEL
QUE HOUVERA NA MINHA ALDEIA
( bis )
NAQUELA TARDE DE INVERNO
O CÉU PARECIA O INFERNO
ESTAVAM OS ASTROS EM GUERRA
E A RIBEIRA MAL SUSTINHA
A GRANDE CHEIA QUE VINHA
PELAS VERTENTES DA SERRA
( bis )
VENDO A RIBEIRA SUBIR
O MOLEIRO QUIZ FUGIR
LEVANDO O FILHO NOS BRAÇOS
PELA PONTE CARCOMIDA
JÁ VELHINHA E RESSEQUIDA
A DESFAZER-SE EM PEDAÇOS
( bis )
MAS, AI, QUE A PONTE QUEBROU-SE
E O MOLEIRO COMO FOSSE
NA CHEIA DA RIBEIRINHA
LEVOU O FILHO CONSIGO
E NUNCA MAIS MOEU TRIGO
AQUELA AZENHA VELHINHA
( bis )