Lá no frio de são paulo
Me sentí aperreado
De pombal tinha chegado
Pensando viver melhor
Um cantador de forró
Confiando no seu "taco"
Muita força no gogó
E o resto do corpo fraco
Minha maleta era um saco
Meu cadeado era um nó
Fui pro rio de janeiro
Para melhorar de vida
Lá não encontrei guarida
Lá a vida foi pior
Andei por algum forró
Dando canja em "boteco"
Toquei até reco reco
Mas ainda estava fraco
Minha maleta era um saco
Meu cadeado era um nó
Do rio para belém
Foi um pulo de dez anos
Fui em busca de meus manos
Que lá viviam melhor
Mas não encontrei forró
Só ví carimbó e brega
Era um esfrega esfrega
Um suador de casaco
A maleta ainda era um saco
E o cadeado era um nó
Aí não aguentei
E voltei pro meu lugar
Paraiba sol e mar
Meu luar e meu xodó
Não vejo "canto" melhor
Para um bom forró cantar
Namorar e até dançar
Num salão feito de taco
Mas sem maleta de saco
Sem cadeado de nó