Não fiz escolhas, porque a vida não permite
A gente é a tropa e o destino é o capataz
Tudo é tão breve nessa cega caminhada
E os maus caminhos, esqueci, não lembro mais
Tomei a golpes, e cuidar dos meus cavalos
Que só encilho da minha marca e do meu freio
Fui aprendendo nos caminhos e na lida
Que cavalo de patrão é sempre alheio
Os meus caminhos foram curtos, sem fronteiras
Ultrapassa-los na verdade nunca quis
Quando o homem ultrapassa seus limites
Como as plantas perdem a força na raiz
Ainda arrisco essa querência em patas lerdas
Mas sigo teso no meu pingo mesmo assim
Na grama verde que madruga a serenada
Deixo meu rastro pra os que vem depois de mim