A flor há de nascer entre os escombros da miséria
O grito de liberdade entoará como hino nacional
Pra quem se esconde por trás do medo fabricado
Se faz necessário alcançar a bandeira da luta no mastro
Esquente a cabeça, afie a língua e cerre os punhos
Desbrave que tudo isso não será em vão!
Resista, segure o chicote da mão do opressor
Que as marcas eternizam a dor do pobre trabalhador
O homem coletivo está de malas prontas
Carrega o microfone de alto sonância
Ninguém vai à luta enquanto o conforto dura
Declare a célula social do corpo que ocupas!
Não seremos mais a presa que foge do caçador
A cadeia alimentar se inverteu, meu irmão!
Entre o azul do mar e o ouro da sequidão
Fé no peito como o povo do meu sertão
Marchem em rumo à terra prometida
Olhe pra trás, veja onde seu sangue derramou
Estamos todos órfãos, deixados ao Deus dará
Mas a força surgirá em todo nosso lugar
O homem coletivo está de malas prontas
Carrega o microfone de alta sonância
Ninguém vai à luta enquanto o conforto dura
Declare a célula social do corpo que ocupas