Já não bastava a chuva e agora os vendavais
Já não há força não há imortais
Fecham-se as portas aos olhares maternais
É frágil a memória, os laços são desleais
A razão é pequena mas os esforços são fracos
É fácil seduzir outros em jogos baratos
E essas pobres almas esses retratos
Não passam de espelhos tão opacos
Porque o mundo já não devolve o tempo que passou
Já nada trás de novo o que nos juntou
O tempo é escasso, os trabalhos são demais
Não há quem resista a estes gestos materiais
Falam severamente de causas despidas
Falsas tristezas, friezas escondidas
No final de contas são palavras mentidas
Lêem-se historias para sempre perdidas
Porque o mundo já não devolve o tempo que passou
Já nada trás de novo o que nos juntou
O tempo é escasso, os trabalhos são demais
Não há quem resista a estes gestos materiais
Porque o mundo já não devolve o tempo que passou
Já nada trás de novo o que nos juntou
O tempo é escasso, os trabalhos são demais
Não há quem resista a estes gestos materiais
Composição: Nuno Alves