Saudade é dor que belisca não se sabe dizer onde
É tropilha muito arisca que no passado se esconde
E uma doçura amarguenta como o mate chimarrão
Tironaços que rebenta o sovéu do coração.
Falado:
Saudade, alegria é magoa insana
Que a gente gosa, sofre e padece
É moirão de canjerana
Não queima e não apodrece.
É a tapera das lembranças da aguada azul que passou
É o rastro das esperanças que no passado ficou –
É a potranca pelo duro, gaviona barbaridade,
Não há coração lhe juro que palanqueie a saudade.
Saudade é dor que belisca não se sabe dizer onde
É tropilha muito arisca que no passado se esconde
É a potranca pelo duro, gaviona barbaridade,
Não há coração lhe juro que palanqueie... a saudade.