Minha vida sempre norteei
Mas os espinhos que não evitei
O que era meu fugiu do meu alcance
Não quero guerra, só mais uma chance
De provar pra mim quem sou
Das mulheres que, pra não sofrer, fugi
E os amigos que nunca entendi
Por que mudaram tanto de repente?
Ou sou eu que estou tão carente?
Perdido e só, não sei pra onde vou
Se não gostaram do meu jeito
E insistem que tenho tantos defeitos
Esquecem que a vida é só uma passagem
Em que não precisamos agredir, nem nos destruir
Da terra fértil não tiro mais o pão
E os livros que não li na escuridão
Se nunca fiz o que era melhor pra mim
E sempre dormi em paz, mesmo assim
Talvez haja mesmo um significado maior
Fico indignado com o desrespeito à natureza
E somos todos perdedores com certeza
Toda ambição e poder traz consigo a morte
E talvez já seja tarde pra reclamar da sorte
Somos o que plantamos, agora entendo melhor