Num belo dia, uma bela tarde,
Um belo sol, em Belo Horizonte.
Era vinte e três de abril de um ano tal,
eqüidistante.
Com o meu garoto, cara exigente e sobretudo criança
Como a gente; sente fome, medo, sono, sede e outros
bla, bla, blas...
...e bem no centro da cidade, na Avenida Afonso Pena,
É de dar pena a cena que aconteceu.
Queria água o meu garoto
Para se safar da sede que lhe incomodava
Entrei num bar com movimento... e mal!
Na lanchonete popular... e mal!
No restaurante...
_Garçom, um copo d?água, por favor.
_Há anos que não vendemos água senhor!
_ A da torneira serve, pode me ceder um copo?
_Não se usa mais torneira senhor!
_Garçom, o que você tem para matar a sede?
_Consulte o nosso cardápio cavalheiro, e muito
obrigado.
Virei pro meu garoto;
_Você quer guaraná gelado?
_Não.
_Você quer suco de limão?
_Não.
_Você quer suco de goiaba?
_Não.
_Você quer um refrigerante qualquer?
_Não.
_Então fala garoto o que você quer beber
?Cê qué o quê??
_Água.