Amar-te não pode, somente, ser um gesto vago
Tão pouco beber-te, demente, apenas dum trago
Amar-te é ter a alma a voz, só por este prazer
De junto de ti saber ser mulher
Com lençóis de Lua
Abro a minha cama
E entrego-me nua
Só como quem ama
Com lençóis de Lua
Ora madrugada
Abraço o teu corpo
Não preciso de mais nada
Amar-te é este desejo aceso na alma
A fome maior dum teu beijo, que nunca se acalma
Amar-te é ter, em cada manhã, teus olhos nos meus
Dizer-te até logo e nunca um adeus