Quantas vezes eu te vi chorar
Sobre os despojos de uma guerra
Que perdeste antes mesmo de lutar,
Quando te fiz saber da tua fraqueza;
E Sentiste na minha força a certeza,
Sentindo teus pés firmes sobre minha rocha,
Não por teus méritos, mas por minhas misericórdias;
Mas será que o sacrifício da cruz
Já não é suficiente,
Ou pesaram menos os teus pecados
P'ra que te aches melhor?
Como se minha graça já não seja o bastante,
E quisesses ser Deus por alguns instantes
Só p'ra transformar a realidade ao teu redor,
Pois pareces querer tudo ou nada!
Te esqueces que vives a vida que te dei,
Andas os caminhos em que te guardo,
Choras as lágrimas que te enxugo,
E no teu sorriso é minha a alegria,
Se soubesses o que serias sem a minha vontade:
Um barco à deriva, um breve segundo;
Verias que um dia eu te tirei do nada
E já te coloquei no gozo de tudo!