Tentei me esconder
Pra não encarar o que há lá fora
Mas esqueci de olhar para os lados
E ver além daquilo que o espelho me fez ver
Amei tantas mentiras
Nas quais acreditei
Até perceber que estamos todos cegos
Idolatrando meras notas de papel
Tão vazias
Essas ruas estão infestadas de fantasmas
Fantasiados de pessoas fingindo saber quem são
Já se questionou um dia
Se as ideias pelas quais você morreria
Foram impostas por alguém
Que não faria o mesmo por você?
Já se questionou um dia
Que a sua vida é muito mais
Do que nascer, crescer, morrer
E depois se arrepender?
Essas ruas estão infestadas de fantasmas
Fantasiados de pessoas fingindo saber quem são
Então
Se estamos mesmo acordados
Por que então
Nossos olhos estão fechados?
E não enxergamos um ao outro?
E destruímos pouco a pouco o que devíamos ser?
Essas ruas estão infestadas de fantasmas
Fantasiados de pessoas fingindo saber quem são
Quando vamos perceber que somos
A nossa própria prisão?