Eu sou o mar de maré cheia
O lugar onde bombeia
A veia que escorreu da tua mão
O começar da correnteza
O sino que põe na mesa
A beleza proibida ao carvão
Sou eu o sal da madrugada
A garganta alforriada no quintal do imperador
Ôoo
A tal fatal, amor
Sou a bacante apaixonada
A memória das calçadas
Que a chuva não consegue carregar
O impostor que rouba a cena
Uma procissão de antenas
Apenas para atrair o teu olhar
Sou bailarina das lembranças
O calor que a mão alcança
A lança perfumada de carmim
Por isso se eu mostrar minha alma
Levantem os olhos com calma
E batam palmas pra mim
Por isso se eu mostrar minha alma
Levantem os olhos com calma
E batam palmas pra mim