Nesse pedaço de chão, que hoje e concreto e dores
Um dia aqui foi sertão, de matas riachos e flores
Aqui conduzi mil boiadas em um tempo que já se foi
Onde minha voz ordenava...vai, vai vai boi
Agora nessa floresta, a uma avenida afluente
Vejo rostos e não flores e um vai vai gente
Se eu falar do sertão, que aqui mandou e foi rei
Atrás de grades escuras pra sempre eu dormirei
Mas moço não ligo não, porque esse tempo já se foi
E comigo só ficou saudades e um vai vai boi
Agora nessa floresta, a uma avenida afluente
Vejo rostos e não flores e um vai vai gente
Em meio de tanto progresso, vejo a faze negra do futuro
Rios de águas vermelhas desembocando em um tumulo
E quando maquinas procriarem, ao invés da mãe sorridente
Se ouviras um choro distante, um adeus e a lei do “novo mandante”