Agradeço por tudo o que sou
Agradeço por tudo o que sonhei
Aos pés que piso
E os caminhos que andei
Aparento calma ao expirar
Aguardando o sol cair
E a lua subir atrás dos montes
Abracei os nós dessa coluna
E o que havia adormecido nesse peito
Brigada contra o tempo e debatia o pó de si
Por um fim improvável
Pouco mutável
A tantos que andam baixos por aí
Tantos morros para escalar
Tantos choros pra poder cantar
Cantarolar, correr, brincar
E perdoar tudo de si
Que existe mesmo sem querer
Pois caia de um dos sete horizontes
A luz mais forte a abrilhantar
O mais pirralho dos ventos
Transborda todo esse nosso lar
Pois caia de um dos sete horizonte
A luz mais forte a abrilhantar
A mais gritante ventania
Inunda essa casa vazia
E faz nascer de grão em grão
Mudas de algodão
Pequenos pés de alecrim
Dois buquês de girassol
E um campo inteiro de jasmin
Vento do sul
Sopra a sorte ao norte
E o calor do céu pro mar
E a chuva pr'essa terra vã
O leste a girar
Verde do azul
Respira toda a paz e se faz maior
A oeste o sol virá a mergulhar
No fundo desse ar