Potro Sem Dono
A sede de liberdade rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago e num galope dispara
Rasgando a coxilha ao meio
Mordendo o vento na cara.....
Bebe o horizonte nos olhos, empurra a terra pra trás.
Já vai bem longe a figura, mostra o caminho tenaz.
Da humanidade sofrida,
Que luta em busca da paz.
Vai potro sem dono, vai livre como eu.
Se a morte lhe faz negaça,
Joga na vida com a sorte.
Desprezo da própria morte,
Não se prende a preconceito.
Nem mata a sede com farsas,
Leva o destino no peito.
Na seiva das madrugadas,
Vai florescendo a canção.
Aquece o fogo de chão,
Enxuga o pranto de ausência,
Nesta guitarra campeira,
Velho clarim da querência.
por nelson de campos