Julieta, não és mais um anjo de bondade
Como outrora sonhava
O teu Romeu Julieta
Tens a volúpia da infidelidade
E quem te paga as dívidas sou eu...
Julieta, tu não ouves meu grito de esperança
Que afinal de tão fraco não alcança
As alturas do teu arranha-céu
Tu decretaste a morte aos madrigais
E constróis um castelo de ideais
No formato elegante de um chapéu
Julieta, nem falar em Romeu tu hoje queres
Borboleta sem asas, tu preferes
Que te façam carícias de papel
Nos teus anseios loucos, delirantes
Em lugar de canções queres brilhantes
Em lugar de Romeu, um coronel!