A chuva chove pelo chão.
Chovem vozes silenciosas.
Chove dor no coração.
Chovem histórias esquecidas da razão.
A nova forma de entender.
A mesma forma de sentir.
Tuas mãos alimentando a fome
que o deserto da alma consome.
Braços abertos o mundo abraçou.
E o pesadelo da escuridão.
Tanta injustiça a quem só amou.
Solitário Sua criação.
Seu Espírito entregou.
E o silêncio consumou.
O passado e o meu futuro.
Tudo o que Ele pregou.
Na cruz demonstrou.
Todo o Seu amor.
Sua morte pela vida.
Foi o que me resgatou.
A cena triste da verdade.
O olhar cansado da agonia.
Ninguém teve D’Ele piedade.
E o Seu corpo a morte consumia.