Ao longe, naquela parede, afastado das luzes
quase como alguém imerso em um mar estrangeiro.
Difuso, mergulhado em tantas idéias, subversivas
que o fazem ver em sorrisos descontentamento e traição.
Carregar tuas caixas de pensamentos.
Retirar teus livros da água.
Ouvir o som de uma ignorância tão sutil
Como se ouve uma tempestade.
Triste dor de quem almeja por revoluções
enquanto caminhar e ferir teus pés em terrenos tão áridos
Quanta infâmia nestes sussurros
que ouvimos dos que fingem nos entender
ao nos fitar do alto de suas torres feitas de concreto
Enquanto escrevo eu já não posso mais
esperar que haja alguém
que decifre estas palavras
sobre as batalhas com o ninguém.