Oh!Que horizonte belo
De se refletir
Outro dia me disseram
Que o amor nasceu aqui
Saio detrás do sol
Com um jeito de guri
Tanto o novo como o leve
O amor nasceu aqui
Ponta d'Areia, Olho d'Agua e Araçagi
Eu sempre vou ouvir
A natureza me falando
Que o amor nasceu aqui
Oh que ilha inexata
Quando toca o coração
Eu te tocos
E tu me tocas
Cá nas cordas do violão
E se um dia eu for embora
Pra bem longe desse chão
Eu jamais te esquecerei
São Luís do Maranhão
Poema: Canção sem rima para ilha/Poeta Maranhense, Carlos Cunha.
Poema: Sou velha e moça ao mesmo tempo,
pois nasci ontem e continuo hoje tão bela como
uma estrela. Fui descoberta por portugueses,
franceses dominaram meu coração e hoje
pertenço integralmente a brasileiros.Canhões
antigos cantam hinos de glória nas minhas praias
mescladas de cinza e azul. As minhas igrejas
entoam hosanas seculares e dos meus musgos
escorrem aleluias de um passado que será
perpétuo e que será perene. Ainda há nas minhas
ruas a musicalidade dos bondes, arrastados por
burricos sonolentos e tardos. Nas noites de lua
cheia passeiam lendas pelas minhas calçadas,
subindo e descendo as minhas ladeiras. Eu sou o
passado em harmonia com o presente. Eu sou a
tradição em luta com os costumes modernos. Eu
sou o país dos azulejos, a catedral dos vitrais, a
cidade dos sonhos, o reinado da poesia. Eu me chamo São Luis.