Vou fazer minha seresta moderninha como queira
Misturar os tratamentos juntar o tu com você
Só não quero que me chamem um boêmio demodê
Com acordes dissonantes sem marquise e sem calçada
Sem vulto de mulher amada na penumbra do balcão
Seresta ultramoderna sem viola e violão
Minha seresta não terá pinga na rua
Não terá luar nem lua e nem lampião de gás
Porque a lua nesses tempos agitados
Já não é dos namorados, romantismo não tem mais
Minha seresta nesta era espacial
Vai se tornar imortal na voz daquele ou daquela
Minha seresta vai ganhar placa de bronze
Pois nem mesmo Apolo11 é mais moderno que ela