[verso 1]
Ó us espinhos
Óia a selva
Olha ali um vacilão
Falando merda!
Que sabe quem é
Quem deixa de ser
Quem vai sobreviver
Quem merece morrer
Declara que o cidadão
Trabalhador é zé povin
E ainda fala que nasceu aqui?
Deixa pus humilde
A caminhada cristalina
Poupe aquele irmão
Da sua fúria assassina
Ó us espinho
Óia a selva!
O pior animal
Da fauna se revela
Veja como baba
De vontade de rangar
Us carneiro que não
Sabe reclamar
Cascavéis
Cercam passarinhos
Acuados
Fora de seus ninhos
Ó u demônio
Se passando por anjinho
Corroendo seu qi
Divagarzinho
Ó us espinho
Óia a selva!
Quem deixou nossa coragem
Na reserva?
Quem disse que o medo
Vai fazer você feliz?
A toda hora você passa
Por um tris
Pra que viver um dia a mais
Sem razão
Sem expressar
O que vem do coração?
Veja o amor da sua vida
Indo embora
Por que sorrir
Se esta magoado agora?
Ó us espinho
Óia a selva!
cadê a porra
Do seu plano de guerra?
tá dormindo e vai dormir
Quando morrer
É o que você mesmo
Pensa de você
Na hora em que o inimigo
Começou à correr
Você tava entretido
Com o quê?
Sua boca bota culpa
Em alguém
Foi você mesmo
Quem pulou do trem
Ó us espinhos
Óia a selva!
Óia as frases
Que us carango carrega
Na intenção de ferir
Um coração
O vitorioso
Quer pisar no seu irmão
Vencedores trazem olhos
Zombeteiros e altivos
Uma forma de ferir
Os oprimidos
Confiam em seus carros
E na força do dinheiro
E vivem como aves
De viveiro
Ó us espinhos
Óia a selva!
Donos do mundo, mas
Escravos da matéria
Consomem o que derrete
No tempo como sorvete
De dois mil anos
Não sobrou um palacete
Sem dinheiro são
Pobres de espírito
Sendo ricos
Continuam sendo isto
Sem dinheiro
Se apega a Jesus cristo
No conforto
Trata todos como lixo!
[refrão]
Ó us espinho
Óia a selva!
Pelo amor de Deus irmão
Não maltrate os animais
Deixa as arvores do parque em paz
Não maltrate o ser humano
De a volta, não pise na grama
Tenha mais amor o coração!
Mais amor pelo seu rim
Mais amor pelo pulmão!
[verso 2]
Se você não é leão
Nem tenta rosnar
Na frente de um leão
Verdadeiro estará
O leão de judá
Voltará e vingará
E nenhum aspirante
Subsistirá
O mau só é mau
Diante do submisso
O bem maior
Julgara tudo isso
Haverá mesa farta
Para as aves de rapina
E os ossos do forte
No sol e na chuva fina