Pandantique Bampam
Nós vamos te melancolizar, nós vamos te melancolizar
Nós vamos construir uma porta e fazer você entrar!
A música espontânea é uma porta construída ante a
miscelânea dos corpos e a profusão de ideias. A música
espontânea é uma porta construída em roda: tudo muda
nada poda em pleno mundo de desmatação
Tijolo por tijolo, num desenho mágico, a porta surge, brota
porém poucos, amigos: poucos têm a Caraudácia
Eu disse poucos têm a Caraudácia a Caraudácia
poucos têm a Caraudácia de abrir e pular!
Mas nós amigos, nós abrimos, nós pulamos
e agora voamos sobre ares cândidos... E chamamos
clamamos - ou melhor: te pegamos pelos braços e
enfiamos porta adentro porque nós vamos te melancolizar!
Ah iá, ah iá
A música espontânea é uma porta construída ante a
sincronia sintonizada de quem a transcende. A música
espontânea é uma porta construída sem recatos
sem escrúpulos: do batente do devaneio à maçaneta da
subjetividade. E no ritmo da criatividade se constrói
se reconstrói e tudo desconstrói
Porém poucos, amigos, poucos têm a Caraudácia
Eu disse poucos têm a Caraudácia a Caraudácia
poucos têm a Caraudácia de girar a chave e entrar
E nós amigos, ah giramos, sim entramos, e agora
relampeamos e rodopiamos em palcos fúlgidos
E convidamos, convocamos, ou melhor, exigimos
que saia do cárcere a contemplar toda a beleza do lá
Porque nós vamos, nós vamos te melancolizar!
Abre a porta, abre a porta! Abre a porta, abre a porta!
Voar, voar, voar, voar... !