A violência fecha o cerco
A maldade toma forma
O pior dos pesadelos
É aquele que retorna
E cada vez mais fundo corta
Quem não tem nada a perder
Não espera pela paz na morte
E da vida faz a guerra
Enquanto ainda é forte
Esmurra sua cara feia
Rouba o sangue de suas veias
A cidade que já foi
Um dia acolhedora
Se curva, se entrega
À metralhadora
Fria, triste e sombria
Na aparência ainda engana
Ainda encanta até o dia
Que a rajada te alcança
Quem não tem nada a perder
Não espera pela paz na morte
E da vida faz a guerra
Enquanto ainda é forte
Por Victor Teixeira (Aracaju - SE)
[email protected]