Quero que um passarinho, pulando e cantando, à toa
sem saber o endereço, aonde, o seu canto voa
tenha o eco dos orvalhos pendurados na garoa
Só pra fazer andar minhas palavras
Só pra remover saudade que em mim povoa
Passa pra mim o teu beijo, não feche essa porta
guarde o teu depois, sossegue no sonho
que o seu destino ontem já compôs
Só pra fazer andar minhas palavras
Só pra devolver nos pra nós dois
Quero que abra seu livro e os antigos meios
sejam candeeiros ardendo no fogo, planetas alheios
abrindo as travas, para os meus passeios
Só pra fazer andar minhas palavras
Só pra encurtar os arrodeios