Não é mole não
Acordar segunda-feira
Pra tentar ganhar o pão
Não é mole não
Às cinco horas começa o relógio a tocar, tocar
E as crianças começam a me preocupar
Olha o leite, olha o pão
Olha o arroz, olha o feijão
Olha a hora, se você demora
O trem pode passar
Nessa vida indefinida
Não consigo me encontrar
Eu só quero uma vida melhor
Pra poder descansar
É pau puro, minha gente
A vida do trabalhador
Osso duro no presente
Futuro não tem não senhor
Não é mole não... etc.
Lá no subúrbio a gente costuma passar, passar
Certos apertos que é triste até de comentar
Tanta fila, confusão
Quase sempre sinto a Mao
Futucando meu bolso vazio
Tentando arrumar
Nessa vida indefinida
Não consigo me encontrar
Desse jeito não existe cristão
Que possa suportar
É pau puro minha gente... etc.