Barra Funda
Era a menina que dormia
Onde as águas do Rio Tietê brincou
Um belo dia o imigrante a despertou
Com muito sacrifício
Aprendeu ofício
Trabalhando com afinco prosperou
Inocenciando a malandragem
No largo da banana estava a fina flor
Na caipira, no bozó, jogo de ronda
Ela tirou onda fez a fé ganhou
Bairro de encantos e magia
Do samba, futebol, feitiçaria
Prosseguiu
Prosseguiu a sua marcha gloriosa
Nessa boa terra da garoa
Café, cana de açúcar e algodão
Plantado no roçado dava à toa ...
A saudade é tão presente
Ao lembrar dá para chorar
O circo, o teatro, o baile a fantasia
No bonde se podia namorar
Senhora emancipada, é Estação Primeira
Assiste o progresso do lugar
Eh! lá vem o trem, eu já vou
Amanhã eu tenho encontro na saída do metrô