O céu ficou preto
E choveu no meu sertão
Quando eu vi ocê
Nos teus olhos de truvão
Uma parte de mim caiu em contradição
Sua existência causou a falência da razão
É vento que corta
A folha amarela
É um ser tão só
Em frente à janela
Esperando a tarde em inércia
Nos beijos teus
É bela quimera
Latente trégua
A fúria do mar
É pisar na terra querendo
Estar em Marte
Nos olhos teus
O céu ficou preto
Alumiando meu sertão
Ter-te tão por perto
Tão tormenta é a rebentação
Uma parte de mim
É uma ilha em transgressão
Com teus pensamentos
Divagando os meus
Tenra têmpora da paixão
É vento que corta
A folha amarela
É um ser tão só
Em frente à janela
Esperando a tarde em inércia
Nos beijos teus
É bela quimera
Latente trégua
A fúria do mar
É pisar na terra querendo
Estar em Marte
Nos olhos teus