Entre quatro velas e um caixão lacrado
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Amordaçado, amarrado, sem o dedo mindinho
O resgate não foi pago, e trágico foi o fim
Decapitado, decepado, jogado no porta mala
O defunto foi abandonado no rio de bosta
No meio da mata
A lágrima cai do rosto, e a face é demoníaca
A passeata fúnebre segue, feridas da covardia
Não tem cálice, champagne, nem fogos de artifício
É só corpos mutilados, humanos enterrados vivos
Cabeças picotadas, pessoas sendo cremadas
Corpos carbonizados, vidas soterradas
Caminhão, ônibus, esmagam, cabeça de criancinhas
Carreta bate de frente com a vala
Se foi um monte de vidas
Difícil é reconhecer o cadáver no necrotério
Deformado em decomposição, a solução é os objetos
Miolos espalhados no asfalto, a multidão em suspense
Os flash vem de todos os lados
O rabecão é linha de frente
Matagal, no canavial, esqueleto humano encontrado
So o teste de dna pra desvendar quem é o finado
Junta as peças do quebra-cabeça
Suicídio na linha do trem
Pega os testículos do defunto
Anda que os cachorros vem vem
Corvos voam em ar livre por causa do odor
O que pra eles é um banquete pra nós, é um horror
A rota fuzila de 12 o pai de família
Mataram o cara errado
Deixando filhos e esposa
Entre quatro velas e um caixão lacrado
(caixão lacrado...)
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Corpos mutilados, humanos decapitados
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Cabeças decepadas, corpos carbonizados
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Massa cefálica, aberta a bala
Crânio rachado no machado
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Faleceu, botou o macacão marrom
E o terno preto abotoado
(caixão lacrado...)
Chacina, carnificina, crime doloso e bárbaro
Caixão lacrado, corpo deformado, ato de maldade
Justiceiros, policiais, degolam, estrangulam, exterminam
Assassinos, maníacos, destruidores de família
A vítima esperneia, agoniza, entre múltiplas falências
Picotado aos pedaços sem direito de sentença
Crucificado que nem judas fez, com jesus cristo
É que essa saga ainda existe
Capitães do mato demoníacos
Com arsenal de armas, veículos, coletes a prova de balas
Tanques de guerra, caveirão, caça-níqueis e matracas
Enterrado vivo, forca na área, suicídio
Consciência de bobo
Saltar de um prédio de 10 andares
Bota álcool no corpo e mete fogo
É incrível, assombroso mais é a pura realidade
O que globo não mostra
Porque nos escondem a verdade
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Corpos dilacerados
Com a face deformada, cabeça cortada
Braços arrancados
Tipo tiradentes, aleijadinho e muitos outros
Que hoje é visto como mito
Viraram lenda depois de morto
Recrutas fuzilados em guerras, rivais, e terrorismo
Atentados, homens bomba, humanos cremados vivos
Cabeças rolam nos presídios
Terremotos soterram mães e filhos
Enxurada, alagamento, destroem vários municípios
Monstruosidade explicita, que eu não quero ser a vítima
Entre quatro velas e um caixão lacrado
São atos de masoquistas
(caixão lacrado...)
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Corpos mutilados, humanos decapitados
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Cabeças decepadas, corpos carbonizados
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Massa cefálica, aberta a bala, crânio rachado no machado
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Faleceu, botou o macacão marrom e o terno preto abotoado
(caixão lacrado...)
Cobiçou foi picotado, caguetou foi enforcado
Desacatou foi triturado, deveu não pagou foi decepado
Molestou dilacerado, bateu em mulher decapitado
Senão pagou o resgate teve o corpo carbonizado
Caixão lacrado, paletó de madeira bem passado
Botou o macacão marrom e o terno preto abotoado
Navalha na garganta, sangue jorrando e o corpo agonizado
Tiro de 12 no meio da cara separa o crânio do túmulo
Abate de vidas tem o nome de chacina dupla
A foi do carandiru, aquilo sim foi uma tortura
Família em óbito vela o finado morto, atropelado
A esposa vela o gambé que pela hilux foi arrastado
Estuprado perde os testículos e pinto na base do facão
Capado que nem porco perde o pau e perde a mão
Depois é picotado, jogado no vaso do boi do x
Duckt treze não tem vez, caixão lacrado será seu fim
Rituais com vida humana, atrocidade
Disputa por petróleo, causa mortandade
Orgãos arrancados, inocentes sequestrados
Hoje descobri que o homem não vale o que tá no seu prato
Muitos morrem na castanha, outros com crânio rachado
Já velei muitos amigos, já enterrei muitos chegados
A mãe tá de luto pelo filho em óbito, mais um finado
Na sala do barraco entre 4 velas e 1 caixão lacrado
(caixão lacrado...)
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Corpos mutilados, humanos decapitados
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Cabeças decepadas, corpos carbonizados
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Massa cefálica, aberta a bala, crânio rachado no machado
Entre quatro velas e um caixão lacrado
Faleceu, botou o macacão marrom e o terno preto abotoado
(caixão lacrado...)