Universo particular
Particularmente meu
Eu não recorto a fumaça
Da moldura que sou eu
Meu submundo desigual
Inconsciência normal
Clareia o que vem de mim
Começa o que não tem fim
Inventei o clima certo
A penumbra me ilumina
O trago, o sopro, a fumaça
E a beleza das meninas
Ritual, viagem acesa,
Dos caprichos em você
No meu corpo, mais beleza
O que é bom não tem porquê
Se não tiver você
Pensamento move lento
Uma palavra nua e crua
A fome, o sustento
E um trocado jogado na rua
Prendo, solto, me acendo
Me acesso, neutralizo o mal
Sem vergonha em meu excesso
Fumaça vai e vem
Clareia eu e meu bem