Eu fico a observar da minha janela
As pessoa na calçada indo e vindo
Amontoadas, nem se enxergam estão do lado
E os carros na avenida em disparada
Que sem rumo seguem a estrada
Sem saber a direção
As balas já não estão mais embrulhadas
Estão na agulha da maldade
E o sangue é farto e corre o chão
Não encontram, não imaginam um consenso
De que unidos, o caminho
Sem espinhos se faria e que o fim nunca alcançou
Se esgotam em liberdade e hipocrisia
Inundam juventude em covardia
E a vida segue sem sentido algum
Moedas se amontoam mundo afora
Riquezas numa mesa e noutra a fome
E pensa que vai se chegar lugar algum
O amor é nobreza é a certeza
É força em união, é a beleza
O amor ao redentor é o criador
Do mar do sol da terra e do luar!
Talvez um dia o mundo possa até se enxergar
A vida além da vida
Eu vim de lá, e sei que aqui não é o meu lugar
Não é o meu lugar!