Nos meus olhos tanta coisa
Pressentida de você
Abro a janela inda que tarde
Vejo a cidade
Meu olhar sempre na estação
Na partida do trem
Se esconde no abandono das aldeias
Minha voz fora do tempo
Conta estórias vindas da selva
Despertando outra cor no céu
Do luar do sertão
Não, não há por detrás dessas serras, nasce
Qual chuva de prata
Clareando no chão
Despertando o dia em seu berço
Abro a janela, inda que tarde
Vejo a cidade
Meu olhar sente o nosso adeus
Na partida do trem
Ouço no caminho dos trilhos bate
Aquele refrão que não esconde você
Do abandono das aldeias
Minha voz fora do tempo
Conta estórias vindas da selva
Despertando outra cor no céu
Do luar do sertão