Acendo mais um cigarro
Mais uma ves faço um esforço se nao apago
Quando engulo o ultimo ansiolitico prevejo um serão apocaliptico
Contigo o conhecimento surgia como um rebento
Dizem que o tempo tudo cura, não me contento
Sento-me um pouco em frente da televisão desesperadamente á espera de um empurrão
Mas não, continua a não acontecer nada
Maçada, imagens desfocadas surgem a' desfildada
Subitamente dou comigo assim, a pensar palavras abstractas como um rim
Abstracto, de bom grado, assinarei eu um pacto
Exacto, diabo, passa-me o contracto
Vendo-te a alma quando o corpo for enterrado
Pronto para continuar a ser devorado
Por que e' que hei-de correr para o que quer que seja
Se afinal não e' isso que o meu corpo deseja?
Sinto-me como um bébé perguiçoso e dorminhoco
Deixando-me levar a pouco e pouco
E continua a não acontecer nada
Maçada, imagens desfocadas surgem a' desfildada
Subitamente dou comigo assim, a pensar palavras abstractas como um rim
Pai nosso que estais no céu , sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar as minha chaga
Já agora diz-me , tens aí alguma vaga?
(X2)
Basta!
Dá-me um batuque que eu preciso de dançar
Dá-me antes a tua boca para eu a beijar
Vejo na minha cabeça um corpo balançante
Brilha quando abraça o do seu amante
E lembro-me de nós, da tua vóz, de noite inanarraveis passadas a sós
A chuva que me atrai pica como um alfinete
Atirei-me de cabeca sem um capacete
Nada de complexo, apenas o relfexo
Todas as loucuras teem o seu nexo
Já nao digo o mesmo das emoções
Experimentadas nas minhas invariaveis deambulações
Vagabundo nocturno caido de um boeiro
Como tantos outros sem um certo paradeiro
Da-me algum dinheiro para comer
Não, não não não
Da-me algum amor para viver
Continua a não acontecer nada
Maçada, imagens desfocadas surgem a' desfildada
Subitamente dou comigo assim, a pensar palavras abstractas como um rim
Pai nosso que estais no céu , sei que falo contigo do lugar do réu
Mas preciso de algo para sarar as minha chaga
Já agora diz-me , tens aí alguma vaga?
(X3)