Cidade morna normal entorna
Ao mesmo tempo que forma
Tudo em nossa volta se torna
Trem lotado é o dilema sem reforma
Peso nas costas sorriso desbota
Empacota e engloba a gente em cotas
E aumenta as contas impostas
Contra aposta composta
Qual sua aposta?
A vida é composta de apostas
Compostas opostas
Composto esse esboço vivencial
Tudo aqui é oposto ou igual?
Você aposta no que é do seu gosto
De agosto à agosto mudasse os gostos
Tem quem perde o sorriso no rosto
Por não aprender lidar com os outros?
Tem quem ganha rindo os impostos
Malditos esses políticos porcos
Tem quem nem sabe o verdadeiro rosto
Aí é osso!
Eu, no meu decorrer
Tento aprender
Aonde vou me prender
Nisso aposto que a vida é uma aposta
Aposto no amor e não tenho medo da volta
Sei que ele nunca esgota... e a vida brota!
Complexo em cada reflexo de luz
Completo o amor que lhe conduz
Compreendo a dor que me faz jus
Me rendo a mulher que me seduz
Vaidade apaga a luz e o senso
Tendo e sendo? depende penso?
Se rende si prende propenso
Pensamentos te tornam tenso!
Vida morna entorna tudo à sua volta
Ida moderna te torna ou solta?
A fita rebobina, volta a sina
Programam corações com bina
Destroços dos nossos é o sinal
Que tá andando tudo mal, parece normal?
Demasiado habitual se tornando ritual
Dessa sociedade moderna atual
Em seus enganos astral, ganhos e planos?
Não se esqueçam, são todos seres humanos!
Pode pá
O verso é o percurso do curso desse rio
Não se afogue ouviu? se viu sentiu
Pois sou o fogo desse pavio viu
Pras ideia incendiar, se me ouviu!
Então me fale
Suporta tudo que importa?
Não si abale
Se lhe fecham a porta
Ouça atentamente essa nota
Nunca si entregue a derrota
Sua vitória prossegue e importa!