Aê, my brother Sandro,
A vida não tá fácil
Eu que não tenho cor
Ando de trajes negros
Você bem sabe em que ponta
A corda sempre arrebenta
Mas ninguém sabe da cor
Da tragédia da cor
Negra
São sobreviventes, arestas, anomalias
Fato da exclusão social neoliberal
Eu escutei um tiro
A bala saiu da ponta
Da caneta do ministro
Do deputado, do senador
Que nunca que nunca abre mão
Da sua corrupção diária, rotineira
Não se percebe a doutrina de violência e ódio
Nas torcidas organizadas de futebol