Eu sou uma árvore bonita
Eu sou um pé de fruta-fé
Posso ter até um gosto qualquer
Às vezes fruta –sonho
Às vezes sou fruta-libido
Ele é um homem tão bonito
Carrega foice
Nasceu com a demanda de destruir
Pela própria natureza
Capinou tudo que me fosse mata
Sem deixar um galho dentro
Minha esperança é
Toda essa ausência de mato
Morta junto com cada folha
E, poxa, meu coração
É um terreno com sede
Sem um vestígio de verde