Quanta inocência, diria até displicência,
achar que a vida avisa o embarque
O destino é certo, o caminho obviamente não
Pensei e repensei rotas,
sem notar o tamanho do horizonte à frente
Mas já perdi as contas do que refiz que se desfez por nada
Inventei conceitos e nomes,
chamei de amor quem não pretendia ser chamado de nada
Evito hoje espelhos,
multidões e setas apontando pra qualquer lugar
Me interesso por tão pouco,
não me importa o que é partir ou estar