Quando ivone foi no telefone
Perguntou pra donga o nome
Que ele deu pro seu batuque
Rotações depois
O centenário
O bonde são januário
Os malandros da saúde
Samba, assim foi ele batizado
já se ouvia pelo radio os primeiros vagalumes
Luzes que iluminam a estrutura
Ismael, noel, brancura
A riqueza do passado
Perto, a praça onze de quitutes
já sabia do batuque
E o pagode foi formado
O samba se espalhou pra todo lado
Araci do encantado
Glória de ciro monteiro
Tom jobim nas águas de ipanema
Um vinicius de poemas
João gilberto em juazeiro
E o mundo se encontrou numa aquarela
Que a mãe preta da favela
Pôs os pés no estrangeiro
Foi se ouvir o som das platinelas
Violões na passarela
Atabaques de terreiro
Ramos de poetas pelo mapa
E continua aqui na lapa
Escutai vossos pandeiros!
O samba de raizes diferentes
Cavaquinhos, sergio mendes
Tem demônios da garoa
Hoje guarda o título de escola
Da mangueira de cartola
A monarco da portela
Samba de ben jor, de pixinguinha
Duas mãos e uma caixinha
(e) uma lua sentinela
ÔÔhh
Cem anos de samba
Quem nunca sambou?