Hoje moro na ausência
Vivo longe
Meio indefinido
Indefino o meu lugar
De pertença
Passos soltos sem cadência
Não há ritmo, nem pasto
Onde passo faz-se ar
Hora suspensa
Ruminando desavenças
Desavenças entre mim
E o meu regaço
Que é de onde mais me afasto
Não por ter certo desgosto
Mas porque o mês de agosto
Me dá ânsia e persistência
De seguir o inalcançável
A querência é até
O lugar que não mais se quer