Seres Valéria Rodrigues Dias Velho Seres
Os humanos
Os tolos
Poderes
Os profanos e a rebeldia
Agonia que não quero ver
Crê
A mentira
A sujeira
A malicia
E o papel
A inteira delicia
Que o homem consegue querer
Seres
Mal vestidos em peles
Prazeres
Convencidos na falsa riqueza
Da beleza do exterior
Amor
Que se vai e essa tal criatura
Não contrai a noção da doçura
Que seria outro jeito de ser
A vida é
Todinha assim
Tão sua e minha
É nossa então
Você
Um grão
E eu mais um
No mesmo chão
Tão incomum
Quem sabe até você, parceiro
Num outro fim de fevereiro
Se o mundo ali se desmanchar
Comece a rir
Quando eu chorar