Eu
Não sou culpado
Sei
Só fui julgado
Sua mente cria
E arquiteta o seu sofrer
Palavras ao vento
Lhe causam tormento
É presa fácil pra sociedade
Que quebra em silêncio
O meu juramento
E os cacos vão sumir pela cidade
Mesmo estando certo me esgota
Pedir clemência a quem se gosta
Cada vez mais vezes a loucura
Lhe aprisiona na parede
Como o quadro e sua moldura
Mal lhe fez
O julgamento até então premeditado
Não foi um risco calculado
Que aprisionou seu coração
Mas talvez
Na decadência de sua eterna arrogância
Vai colorir o seu espaço
Nesse mundo de vingança