O universo entrelaça as estrelas se cruzam
entrelaçam as mentes
Quem conta mentira, mente, serpente, e espalham doçura
Em capa mal feita de doce ternura
pela madrugada sem fim
Ao som de alecrim com cheiro de zaz
Sinto o universo em busca de paz descendo entre calhas
Subindo muralhas de gente canalha pedindo migalhas
São coisas costumeiras
Ouvindo pobreza ao invés de poesia
Em gente bonita se perde a magia
O mal do vendedor que esqueceu do bom dia, ainda assim
Distribuo amor por hamornia
Vivemos num mundo onde o rico é louvado
onde o pobre é bandido
O pastor é safado, e o negro é maluco
e o branco é coitado
O povo alienado, e nós somos escravos
da mídia, da televisão
O meu medo é viver com todo dispor
E dispor de viver sem fé nem amor
num mundo, perdido, humilhado, obscuro
Onde o pobre menino vê que seu orgulho
Vale mais que um coração