As lagrimas de um choro triste
Nos rostos que já não existem
Choram a dor das feridas
E de vidas destruídas
Dor que não sessa e os consome
Quando se une a dor a fome
Se formam dores que nem tem nome
Sem que a dor pudesse atingir a nós mesmos
Nós ferimos e fugimos daqui
Se o terror que acostumamos a ver nos der medo
Nós gritamos e fugimos daqui
Vivemos em ruas cobertas de sangue
Somos atropelados, morremos de fome
Atiram em nossos corpos moídos
Do árduo trabalho escravo e passivo
Mentiras decoram os nossos jornais
E nós nos tratando como animais
Nadando no lixo sem compromisso
Alimentando o vício de esperar um milagre
Sem que a dor pudesse atingir a nós mesmos
Nós ferimos e fugimos daqui
Se o terror que acostumamos a ver nos der medo
Nós gritamos e fugimos daqui