Coisa esquisita a gadaria toda
Penando a dor do mango com o focinho n'água
O campo alagado nos obriga à reza
No ofício de quem leva pra enlutar as mágoas
Olhar triste do gado atravessando o rio
A baba dos cansados afogando a volta
A manha de quem berra no capão do mato
E o brabo de quem cerca repontando a tropa
Agarra amigo o laço enquanto o boi tá vivo
A enchente anda danada molestando o pasto
A passo que descampa a pampa dos mil réis
E a bóia que se come retrucando o tempo
Aparta no rodeio a solidão local
Pealando mal e mal o que a razão quiser
Amada me deu saudade
Me fala que a égua tá prenha que o porco tá gordo
Que o baio anda solto que toda cuscada lá em casa comeu
Coisa mais sem sorte esta peste medonha
Curando os mais bichados deu febre no gado
Não fosse a chuvarada se metendo a besta
Traria mil cabeças com a bênção do pago
Dei falta da santinha limpando os pesuelos
E do terço de tento nas prece sinuelas
Logo em seguidinha é semana santa
Vou cego pra barranca e só depois vou vê-la