Já faz mó tempo que eu tô enferrujado
Essa cabana fede a merda de rato
Já faz um tempo que não saio desse buraco
Já faz tempo que não arranco cabeça de caipira safado
1894, já tinha meus 34
Meu cartaz em toda El Paso
John Wesley tava solto, aquele rato
Mas morreu com quatro tiros pelas costas
E foi jogado em qualquer mato
Foi enterrado em qualquer buraco
Esse é o caixão dos homens desgraçado
O que matou tinha a merda do mesmo nome
Se o inferno tá aqui, até o Diabo passa fome
Porquе aqui não é a lei do inferno
Essa aqui é a lei dos homеns
Lá pra 1897
Tudo era meu: Norte, sul, leste, oeste
Xerifes corruptos, dinheiros ocultos
Psicóticos, juízes sujos, assassinos sem escrúpulos
Todos os capangas de Dymile eu matei
Aquele desgraçado que nunca se intimidava
E todos que tinha em seu nome Clay
Porque ainda via a loucura trotando pelas estradas
Tudo ali me pertencia
Eu tinha tudo, latifúndios situados em teu estado
Enforquei muitos como eu, fora da lei
Que atirava nas tuas costas
Porcos matavam cavalos
Ah-ah, ah-ah
Verme miserável
Ah-ah, ah-ah
Que matavam cavalos
Ah-ah, ah-ah
Verme miserável
Ah-ah, ah-ah, ah
Saque teu revólver e atire para o alto
Mostre que é gatilho rápido
E mostra o que tu sabe fazer
Então você vai ver
O que eu faço com revólver
Com munição pra seis
Seis balas
Que vara a cabeça e massacra
Dispara, depois gira a arma
Cospe na terra com poça d'água
Assopra fumaça
Bala
Que sai pelo cano da arma
E acerta quem não teme a nada
Cospe na terra com poça d'água
Assopra fumaça
Lá, lá-lá, lá-lá-lá
Assopra a fumaça
Lá, lá-lá, lá-lá-lá
Assopra a fumaça
Lá-lá, lá-lá-lá
Assopra a fumaça
Lá-lá, lá-lá-lá
1908, Butch Cassidy e Sundance Kid, todos mortos
Os tempos estavam mudando, tudo virou fóssil
Minha barba já grisalha, precisava usar um óculos
Ainda em 1908
Gerold levava bala que quase saiu pelos olhos
Os bandos estavam se desfazendo, eram poucos
A civilização chegava sem tempo pra porcos
1911, uma colt nova, nosso último assalto, lucro da história
Agora é o tempo de comemorar a nossa vitória
Coloco minha bandana e arrebento aquela porta
Pegamos os cem mil, depois de tanta crueldade
Porque, em terra de pistoleiro, é preciso ter maldade
Já devastei essa terra e vou devastar de novo
Não precisa mais de prata, bang!! Agora o chumbo é grosso
O Brasil é lindo e é quente a imensidão
Há tantos capangas que fazem um dinheirão
Meu corpo sangra e turva a minha visão
Escuto gritarem o nome Lampião, que diz
Saque teu revólver e atire para o alto
Mostre que é gatilho rápido
E mostra o que tu sabe fazer
Então você vai ver
O que eu faço com revólver
Com munição pra seis
Seis balas
Que vara a cabeça e massacra
Dispara, depois gira a arma
Cospe na terra com poça d'água
Assopra fumaça
Bala
Que sai pelo cano da arma
E acerta quem não teme a nada
Cospe na terra com poça d'água
Assopra fumaça
Lá, lá-lá, lá-lá-lá
Assopra a fumaça
Lá-lá, lá-lá-lá
Assopra a fumaça
Lá-lá, lá-lá-lá
Assopra a fumaça
Lá-lá, lá-lá-lá