1,2,3,4 abre-te sésamo
Licença aí tiu aqui é o inquérito
Segundo disco centésima letra
Muita treta pra pouca tinta na caneta
Uns usam glock outros usam colti outros imbel
Eu? calibre 0.7 faber-castel
De hering branca e calça caqui
Continuo o memo renan rayovac
Acelerado mais loco que u barato
Desse planeta gueto mais um terráqueo
Que queria cantar como o tim tocar como o ton
Jogar que nem o pelé escrever igual o drumond
Mas tá embaçado o rap virou mercado
O compromisso foi parar na seção dos congelados
Lembrei até da frase que eu ouvi uma vez:
Todo homem é culpado do bem que não fez!
Chama o porteiro abre-te sésamo
Licença aí porque aqui é o inquérito
Monstro não fala quem tem boca é vala
Engole ou entala não gostou pedala rala
Pega suas mala nicole não cala
Sou doce até atingir meu ponto de bala
Preta guerreira mulher
Fazedora de música e de mamadeira
Mãe, mulher, m.c., maloqueira
Vai pensando que é brincadeira
O rap não tá morto é só “cê” parar pra pensar
Tem muito nego aí de “zói” que quer nosso lugar
Tá preocupado? “cê” vai ficar parado?
Se perguntando cadê os mano? tá tudo mudado
Quem entrega o jogo é porque não tá confiante
Tamo aí na correria militante avante
Ninguém aqui tá preocupado com mérito
Sai da frente aqui é o inquérito
Chama o porteiro abre-te sésamo
Licença aí porque aqui é o inquérito