03/11
(Guilherme Azevedo)
Em outras bocas eu procuro por você.
É a mesma coisa sempre, nada tem valor.
Não me canso de perguntar, mesmo sabendo que não irás me responder...
Em outros corpos, satisfaço o meu prazer.
É egoísta, eu sei, mas tenho que viver.
E eu não quero te invadir, sei o limite que há entre eu e você.
Ou que, ao menos, deveria haver.
Mais do que o quase, mais do que o próprio.
Mais do que acho, mais do que óbvio.
Sei do vazio que não posso preencher.
Meu sentimento ainda não desapareceu.
Pude sentir falta do nunca nem foi meu...
Em outras pessoas imagino eu e você, vitalidade que um dia se acabou.
Nossas promessas inconstantes deram no que eu nunca imaginei pra nós dois.
Mais do que o quase, mais do que o próprio.
Mais do que acho, mais do que óbvio.
Mais do que antes, mais do que um dia será.
Mais do que um sonho, mais do que se pode acreditar...
Por que que a gente sempre deve explicar
ao invés de deixar o futuro responder?
Vou parar de questionar e espero o mesmo de você.
Por que que a gente nunca age sem pensar?
Desde sempre procurando o mais sensato a fazer.
Vou parar de calcular e espero o mesmo de você.