Vem chegando a enchente
As águas correntes
Invadem os campos
Bichos em prantos
Estão em apuros
No ponto mais alto subiu
Boitatá no buraco sumiu
Lugar bem escuro
Por muito tempo
Foi um corpo diminuindo
E os olhos crescendo
Quando o dilúvio passou
Boitatá do buraco pulou
Aos incestos vem assombrar
Não é segredo
A noite vê tudo e faz medo
É o foto-fátuo pairando no ar
Pelos campos a passear
Em forma de cobra vai assustar
A escuridão é o seu consolo
Cobra de fogo quase é só olho(bis)