Hay que se forjar milongas
Pra os quinchadoss de rebento
Pequeninos paladinos
Que bebem goles de vento
Hay que se forjar milongas
Pela paz das etnias
E pra que os fogões aqueçam
Marmita dos bóia-frias
E pra que os fogões aqueçam
Marmita dos bóia-frias
Hay que se forjar milongas
Para que os grãos estocados
Cheguem com fartura à mesa
Dos lares não abastados
Hay que se forjar milongas
Se um voluntário se imala
E dando liberdade às asas
Pra muito além das gaiolas
E dando liberdade às asas
Pra muito além das gaiolas
[hay que se forjar milongas
Contra a intempérie do vício
Resgatando joãos do crime,
Marias, do meretrício
Hay que se forjar milongas
Com sinos de catedrais
Carecemos do agora
O amanhã é longe demais
Carecemos do agora
O amanhã é longe demais]
Hay que se forjar milongas
Dando vaza ao recomeço
Apesar da falsa ideia
Que haja freio no preço
Hay que se forjar milongas
Por heróis bem definidos
Pois muitos martirizados
Não estão em bronze esculpidos
Pois muitos martirizados
Não estão em bronze esculpidos