Salve a aquarela desse meu Brasil
No berço que você nasceu
Há verdades que a história escondeu
Na farsa descoberta em 22 de abril
Assim como em Mangueira
O povo deu nó na madeira
Sou raiz de um Jequitibá
Um filho ancestral de alma guerreira
Será que a ilusão raiou naquele dia?
Quem será que lutou por alforria?
A liberdade na pele doeu (doeu, doeu)
Eu conquistei, você não deu (ninguém me deu)
Jangadeiro ê, no balanço do mar
Foi quem libertou e me ensinou a pescar
Desperta desse sono, minha gente
O céu não cairá
Foram tantos golpes do destino
Que tiraram do menino o direito de sonhar
Sonhar com a semente do futuro que virá
E a nação exalta a cultura popular
Mangueira não há
Lugar assim que me faça chorar
De emoção sob um céu de estrelas
A pátria cultural do samba
Canta um conto que a história omitiu
Dos heróis que ninguém esculpiu
Sou Mangueira, eu sou o povo
Feito Chico, Luíza e Maria
Sou Mangueira, eu sou o povo
No raiar de um novo dia