Com a força de Oxóssi e sangue Tupi
Tem açaí, tem açaí!
Estilizado no meu carnaval
Ouro negro vindo do açaizal
Ê, de onde vem esse sabor?
Que semeia a esperança, seduz com sua cor
Ê, de onde vem esse sabor?
Vou contar uma história que um caboclo me contou
Em uma Aldeia lá nas terras do Pará
A fome aperreia, tempos ruins
Cabaça seca, o Cacique foi mandar
Sacrificar as cunhatãs e curumins
Mal sabia que sua filha teria uma menina
Iaça chorou, chorou, na despedida
Olhou pro céu, rogou clemência a Tupã
E do seu pranto nasce a fruta guardiã
É fartura que a tribo alimentou
Um sabor marajoara na Amazônia se espalhou
O dom de ser muito a quem não tem nada
A mais querida, riqueza da mata
Poema nos versos de Nilson e João
A força de um povo no sol da manhã
Subindo a Rampa pra ganhar o pão
Cada paneiro leva um afã
Amassadeira, vê do fino ou do grosso de primeira
Sobre a mesa tem farinha e tamuatá
Barriga cheia, uma rede pra deitar
Quem quer provar?
E pelo mundo afora, com banana e granola
A Super Fruta é a nova sensação
O que era nosso agora é exportação